segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Prisão e morte de Cristo

Aquela foi talvez a madrugada mais triste da história, a tristeza vem do fato de que um homem santo e justo seria preso de maneira covarde. Levaram um grande número de soldados para prender um homem que fez o bem, como se ele fosse um bandido de alta periculosidade, os escribas e fariseus que sempre se vangloriaram de cumprir a lei, passaram por cima dela para prender a Jesus, o prenderam a noite, arrumaram falsas testemunhas, eles não tiveram coragem de prendê-lo a luz do dia. Esse homem que foi preso por homens injustos é o mesmo que justifica homens que o recebem e aceitam como Deus.
O sinal seria um beijo, eles não identificariam Jesus se não fosse pelo beijo, por que Jesus se parecia com os demais, o Deus que nos criou e formou, se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14), não se fez diferente, porque nos criou à sua imagem e semelhança (Gn 1:26).
Pedro tenta defendê-lo usando a mesma arma com a qual Cristo estava sendo atacado, ele puxa a espada e corta a orelha do servo do sumo sacerdote, Jesus mostra a Pedro e aos demais que a sua arma era outra, e conserta o estrago, só o amor consegue vencer o ódio e ainda que os homens demonstrassem todo o ódio, Cristo seguiria com força muito maior lhes demonstrando todo o seu amor. Pedro, o homem que tenta defendê-lo, agora o nega veementemente (Lc 22:54-62), as armas de Pedro ainda eram humanas, ainda tinha medo, vergonha, covardia, mas havia algo interessante em Pedro e em todos quantos um dia estiveram perto de Jesus: “ a tua fala te denúncia” (Mt 26:73), o sotaque dos que andam com Cristo é inconfundível, mas faltava algo a Pedro, ele precisava mudar as armas e isso só aconteceria quando ele olhasse para Cristo e visse os olhos de Cristo diretos nos dele, o olhar de Cristo muda tudo, o galo canta e Pedro lembra das palavras de Jesus e chora amargamente, aquelas lágrimas tiraram de Pedro toda a carga e cansaço, eles foram com Cristo para a Cruz e em troca, Pedro encontrou alivio e descanso (Mt 11:28).

O suicídio de Judas
Judas em vida só conseguia olhar para ele mesmo, por isso ele suicidou-se, o peso do remorso e da culpa sempre levará o homem a morte, a menos que ele olhe para Cristo, a menos que ele encontre misericórdia, a menos que ele encontre graça e isso só Cristo pode dar.

Jesus perante Pilatos e Herodes. (Lc 23:1-25/ Mt 11:31/ Mc 15:1-15/ Jo 18-19)
As autoridades religiosas apresentam Jesus a Pilatos com algumas acusações.
1º_ Subversão entre o povo. 2º_ proíbe de pagar impostos. 3º _ afirma ser rei. Ainda assim Pilatos declara sua inocência e deseja soltá-lo, mas menospreza sua própria consciência a fim de agradar os líderes religiosos, ele sabe que um inocente será morto. A multidão pede para crucificá-lo, ela sabe o peso desse pedido, ela tem consciência da dor que uma crucificação provoca, ainda assim o grito é um só: crucifica-o e solta Barrabás, eles sabem quem é Barrabás e viram o que Cristo fez, ainda assim, preferiram o bandido, talvez porque o bandido simboliza a violência que busca o poder pelo poder e Jesus põe em risco esse tipo de poder, esse tipo de reino.

Jesus é entregue aos soldados
Os soldados zombam o quanto podem, humilham o quanto podem fazem-lhe uma coroa de espinhos, cospem em sua face, chicoteiam-no até a exaustão, e o levam para o calvário. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (II Co 5:19). A morte de Cristo é a graça de Deus em ação, e a recusa de Deus em nos imputar pecado, em usar o nosso pecado contra nós, a morte de Cristo é o amor dele em ação, pagando caro uma dívida que nós contraímos. “O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós” (Is 53:6b.).

Cristo é crucificado entre dois ladrões
Um zomba de Cristo, lança dúvida sobre ele: “se tu és o Cristo... salva-te a ti mesmo e nós” ele quer descer da cruz., ele não quer compromisso, ele quer a “benção” de descer da cruz. O outro reconhece Jesus como rei, ele não pede pra descer da cruz, porque percebe que importa negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz, ele não quer a “benção” de descer da cruz, ele quer a “benção” do céu, do paraíso, de estar com Cristo para sempre, ele sabe que o reino de Cristo não é desse mundo por isso diz: “ lembra-te de mim quando entrares no teu reino.” No que é prontamente atendido. “Se esperamos em Cristo somente nesta vida...” (I Co 15:19). Na cruz Cristo não pronuncia palavras de juízo, Ele fala de perdão: “Pai perdoa-lhes eles não sabem o que fazem” (Lc 23:34), o sol escurece, o véu do templo se rasga, a terra treme, a natureza se rebela, a multidão bate no peito e percebe que matou um inocente (Lc 23:44-48). Mas o mais incrível é que esse inocente queria morrer.
Em Cristo
Amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário