sexta-feira, 17 de junho de 2011

As parábolas de Cristo

Começaremos o estudo das parábolas de Cristo, a partir de três parábolas das mais conhecidas, que se encontram no evangelho de Lucas no capitulo 15, são elas: a ovelha perdida, a dracma perdida, o filho pródigo. Narrando esses relatos, essas parábolas, Cristo mostra o amor do Pai como fundamento e base das suas próprias atitudes diante dos homens, o amor de Deus explica as suas atitudes, o mestre critica os que se consideram justos e cheios de méritos e que por se considerarem assim se escandalizavam com o seu amor e solidariedade para com os pecadores.

A ovelha perdida. (Lc 15:1-7) - Os fariseus por se considerarem justos, criticam Jesus pelo seu relacionamento com pessoas que eles rejeitavam, pessoas que não faziam parte do seu grupo social e religioso, “esses pecadores”, não eram dignos, como então comer com eles? Lc 15:1-2, Jesus então lhes fala de algo que os orgulhosos não entendem e nunca entenderão enquanto deixarem que o orgulho seja o mestre dos seus sentimentos e guie as suas emoções, Ele fala de amor, fala de graça, fala de resgate, fala de redenção, fala de um pastor disposto a correr riscos pra resgatar ovelhas perdidas, desamparadas, carentes, deitadas no chão e sem forças pra levantar. (confira e relembre Ez 34:11-16) A alegria do pastor pela ovelha perdida e resgatada não significa que ele prefira a perdida em detrimento da que não se perdeu, nem que ele prefira o pecador ao justo, isso só mostra o mistério insondável, incompreensível, mas apaixonante amor de um pai que se alegra em acolher quem se perde ao lado de quem nunca se perdeu, se alegra em receber de braços abertos pecadores arrependidos ao lado dos justos que sempre perseveraram, por isso nós também devemos nos alegrar, até porque um dia, os perdidos fomos nós, e fomos achados e resgatados por Ele.

A dracma perdida. (Lc 15:8-10) - A mulher tem dez dracmas e se perder uma, ela não sossega até achar a que se perdeu ela varre a casa, tira os móveis do lugar, ela é capaz de mudar o lugar comum pra ter de volta a sua moeda, porque ela faz isso? Porque a moeda é vital pra sua sobrevivência. Assim é o amor de Deus, o torna vitalmente necessitado de encontrar a pessoa perdida e trazê-la de volta para Ele, por isso Ele enviou o seu Filho, por isso Cristo morreu e ressuscitou por isso os Anjos se alegram: Lc 15:10, há festa no céu.

O filho pródigo. (Lc 15:11-32) – O processo de conversão começa na consciência, ao escolher pegar a parte da herança que lhe pertencia e gasta-la longe do pai, o filho mais novo se vê perdido econômica e moralmente, esse pedido revela sua natureza rebelde, ele acha que consegue caminhar com suas próprias pernas e descobre que no seu caminho longe do pai o que ele encontra são aproveitadores, amigos que não hesitam em abandoná-lo quando o barco afunda, por isso quando ele não tem mais nada a oferecer não encontra quem possa lhe dar, a não ser bolotas de porcos porque é isso, e só isso, que os homens tem pra oferecer. Então ele pensa no único lugar em que ele poderia estar e de onde nunca deveria ter saído: a casa do pai, os braços protetores do seu amor, mas ele não voltaria sem arrependimento, sem consciência de pecado, sem perdão, então ele prepara a sua confissão, ele não quer, nem mesmo ser chamado de filho, ele só quer perdão, ele só quer graça, ele só quer de novo fazer parte daquele lar ainda que seja como servo: “Pai pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado teu filho, faze-me como um dos teus trabalhadores” (v 19). O pai não o deixa terminar a sua confissão, ele estava esperando pelo filho, ele o viu de longe e correu e o abraçou, e mandou trazer a melhor roupa e um anel e sandálias para os pés, o arrependimento do filho não trouxe apenas perdão, trouxe restauração completa. O filho mais velho é inclemente, ele reclama do relacionamento do pai com ele: “estou há tanto tempo contigo e nunca transgredi e nunca me deste um cabrito pra me alegrar com meus amigos” (v 29), a tristeza do filho mais velho, a sua mágoa, é fruto de um relacionamento que ele nunca teve com o pai, ele estava lá, ele serviu, mas serviu sem amar, serviu sem adorar, serviu talvez pensando nos seus próprios interesses, talvez quisesse honra, por isso, ele é incapaz de se alegrar com o perdão do irmão, quem não consegue amar e adorar ao Pai, não consegue se alegrar com o perdão. Mas o pai não apenas espera de braços abertos o filho que sai, Ele vai em busca do filho que fica (v 28), ele, o filho que ficou, também precisa de resgate, por isso o pai diz: “filho, tu sempre estarás comigo, e todas as minhas coisas são suas” (v 31), mas esse teu irmão, estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado. É justo que nos alegremos e regozijemos (v 32). O Pai ama o filho que sai a ponto de esperar a sua volta, e ama o filho que fica a ponto de ir em busca dele e convidá-lo para a festa.



Em Cristo Amém

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