segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Ressurreição de Cristo – Mt 28:1-10 / Mc 16:1-8 / Lc 24:1-12 / Jo20:1-18

A manhã deste domingo muda de maneira total e radical a compreensão do homem a respeito da morte e da vida. “Onde está ó morte o teu aguilhão? Onde está ó inferno a tua vitória?” (I Co 15:55).
O túmulo vazio mostra e garante que a ação de Deus em Cristo não termina na morte, o anjo diz as mulheres: “eu sei que vocês procuram Jesus crucificado, mas Ele não está mais aqui, Ele ressuscitou”, não existe mais um Cristo sofrido, sofrível e derrotado, o que existe é um Cristo vitorioso, glorioso, ressurreto e se quiserem lembrar de dor, sofrimento e morte lembrem que tudo isso foi feito pelos homens, mas adorem o Cristo vivo.
A ressureição de Cristo matou todo tipo de morte, a morte da insegurança, a morte do medo, a morte do pecado, por que o pecado que introduziu a morte não tem forças para o Cristo ressurreto, porque se “o salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” diz Paulo em Rm 6:23.
Maria Madalena ainda chora do lado de fora, junto ao sepulcro (Jo 20:11) Ela viu os anjos e eles perguntaram: “mulher porque choras? “Levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram.” (Jo20:13). Depois desse dialogo ela vê Jesus, mas não sabe que é
Ele, ela o confunde com o jardineiro, os olhos de Maria estavam embaraçados, a dor, o medo, a tristeza, a saudade, a decepção muitas vezes embaraçam os olhos e nos impedem de ver o Senhor do nosso lado, de ver a sua ação em nós e por nós, olhos marejados nos fazem confundi-lo com o que ele não é, por isso muitos O culpam por uma tragédia, porque com os olhos cobertos pela dor, não vemos que na tragédia é Ele quem nos segura com mão forte, com mão poderosa, com mão de amor.
Jesus não desiste de Maria, Ele sabe que ela precisa de consolo, e Ele a consola, Ele a chama pelo nome “Maria” (Jo 20:16), ela reconhece aquela voz, assim como o olhar, a voz de Cristo é inconfundível, “as suas ovelhas Ele chama pelo nome e elas reconhecem a sua voz” (Jo 10:3-4).
À tarde do mesmo dia os discípulos estão juntos, as portas estão fechadas, mas quem sai do túmulo e o deixa vazio é capaz e tem poder de entrar num ambiente fechado e enche-lo com sua glória e amor, “paz seja convosco” é a saudação de Cristo, não tem crítica, não tem ira, não tem dedo apontando erros, as palavras de Cristo para os homens que o negaram e fugiram e que também andaram e andariam com Ele para sempre foram palavras de paz, mas Ele também envia, Ele os separa para um serviço: “assim como o Pai me enviou eu os envio a vós.” Era preciso espalhar para o mundo essa mensagem, essa boa notícia, esse evangelho de que Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14), de que Ele morreu para que tivéssemos vida, de que houve cruz e túmulo, mas que o túmulo ficou vazio por que quem foi para lá ressuscitou!
Em Cristo.
Amém

sábado, 20 de agosto de 2011

Os dois fundamentos - Lc 6: 46-49

Porque me chamais de Senhor, Senhor e não fazeis o que vos mando? Essa pergunta tem sido difícil para alguns, pois é fácil chamar a Cristo de Senhor, o difícil, é fazer a sua vontade, as vezes quando oramos: “seja feita a vossa vontade”, é mentira, porque a vontade de Deus é a que menos importa, e as desculpas nós temos na ponta da língua, portanto para alguns, é melhor permanecer com a Bíblia fechada. Nessa parábola Cristo faz a comparação entre dois construtores, vejamos: os dois vêm a Cristo e ouvem as suas palavras, um deles, não apenas ouve, ele as pratica, esse, diz Jesus: “é semelhante a um construtor que edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha, e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não pode abalar por ter sido bem construída.” O que abala, derruba, destrói uma casa, uma vida, não são os ventos, as enchentes, as tempestades, as tormentas, tudo depende do lugar em que ela é construída, qual o tamanho do alicerce. O outro homem, também ouviu as palavras de Cristo, mas não as praticou, também construiu uma casa para si, mas não tinha alicerces, e nem estava edificada sobre a rocha, então quando o rio jogou-se contra ela, a casa logo desabou. As palavras foram ditas aos dois, os dois edificaram para si uma casa, as tempestades e os rios arrojaram-se sobre as duas casas, só uma permaneceu firme.
No Salmo 124, Davi afirma: “Se não fosse o Senhor que estivesse do nosso lado... então as águas teriam transbordado sobre nós e a corrente teria passado sobre as nossas almas.” Mas nós escapamos, o Senhor nos livrou, Ele é rocha firme, não que os rios e as ventanias não venham sobre nós, eles virão, mas os que esperam e confiam no Senhor, os que construíram suas casas sobre essa rocha que é Cristo, “não se abalam, permanecem para sempre”, são arvores plantadas junto a ribeiros que dão o seu fruto na estação própria (Salmo1), que tem raiz e não são levados por qualquer vento. Mas outras casas foram construídas, rios ferozes também passaram, as tempestades vieram mas as casas não resistiram, elas foram a pique, bagunçou e destruiu tudo o que estava dentro, arruinou e tirou qualquer esperança de vida, casa construída na areia, é facilmente derrubada, qualquer vento a derruba e leva pra longe, e os ventos são muitos, ventos de discórdia, ventos de desamor, ventos de doutrinas, ventos de arrogância, de ganancia, ventos de morte, e só Cristo é vida, só Cristo dá vida, Ele é rocha que segura, que sustenta e não deixa abalar os que ouvem e praticam suas palavras.

Em Cristo amém

sábado, 13 de agosto de 2011

Lucas 11: 5-13 – A Parábola do amigo importuno

Cristo nessa parábola enfatiza o sentimento de urgência, persistência e necessidade da oração, ora muito, quem muito necessita, e ao persistir na oração, isso se dará para o nosso próprio beneficio. No texto, Cristo usa de dois exemplos terrenos: o amigo e o Pai, duas referências boas, mas humanas, e por serem extremamente humanas, são extremamente más, mas ainda assim são capazes de dar boas dádivas, e Ele diz: “se sendo maus sabeis dar boas dádivas, quanto mais o Pai celestial o Espirito Santo aqueles que o pedirem?”.
“Qual de vós terá um amigo e, se for procurá-lo à meia noite... é bom ter amigos com quem se possa contar, a quem se possa recorrer em momentos difíceis, é bom ser amigo e saber que os amigos podem contar conosco, no entanto, em determinados momentos, não poderemos contar com eles e nem eles conosco porque os pedidos feitos, as aflições apresentadas ultrapassarão a nossa capacidade de dar, de ouvir, de atender, ainda assim os importunamos e somos importunados porque somos amigos, o que Cristo nos diz é que se somos capazes de bater na porta do amigo insistentemente, e se somos capazes de atender ao amigo que nos chama, devemos ter coragem e ousadia de recorrer a Ele tantas quantas vezes precisarmos porque com Ele podemos contar, Ele tem capacidade de dar, ouvir e atender, porque pra Ele tudo é possível e “quem pede, recebe, e quem busca acha, e quem bate, terá a porta aberta. Ele não é nosso amigo? “já não vos chamarei de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho vos chamado de amigos.” Jo 15:15a disse o próprio Jesus.
Qual o Pai dentre vós que se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?... Se pais humanos com suas falhas procuram atender as necessidades dos seus filhos sem enganá-los, quanto mais o Pai celestial não nos dará o Espirito Santo, a melhor dádiva? As nossas primeiras e principais necessidades são espirituais e tendo essa necessidade suprida, “O nosso Deus, segundo as suas riquezas, suprirá em glória todas as outras nossas necessidades em Cristo Jesus” (ênfase minha), mas quem não sente necessidade de Cristo, não o procurará, quem não pedir, não será atendido, a porta permanecerá fechada a quem não bater, ao mesmo tempo em que “a sua mão não esta encolhida pra que não possa salvar, e nem os seu ouvidos agravados pra que não possa ouvir” Is:59-1.

Em Cristo amém

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra.

Esse é um louvor jubiloso que o rei Davi oferece ao Senhor quando trouxe a arca da aliança para Jerusalém, a arca tinha um simbolismo único e especial pra Davi e o seu povo, significava a presença do próprio Deus, afastar a arca, era como afastar a presença de Deus. Dentro da arca tinha três objetos extremamente importantes e sugestivos e simbólicos:
• A tábua da lei escrita por Deus e dada a Moisés: contendo os dez mandamentos, símbolo da palavra de Deus, sinal da vontade de Deus para conduta do povo, deixa claro e evidente de que o Deus dos Hebreus, é um Deus que fala com o seu povo e que expressa do próprio punho a sua palavra e vontade.
• O cajado de Arão: simbolizando e lembrando ao povo de como Deus os tirou da escravidão do Egito com mão forte, o Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó, de Moisés, de Arão, de Davi, e também nosso Deus, é capaz de livrar com mão forte se preciso for todos os seus.
• Um vaso com amostra do maná: que na tradução literal significa: o que é isso? Lembrando ao povo que o Deus que livra com mão forte, também é o Deus provedor, que cuida, que zela, que não deixa faltar o sustento, que faz descer do céu alimento para o corpo, mas acima de tudo mandaria o alimento para vida, Cristo o pão da vida.
Os Filisteus haviam levado a arca como despojo de guerra, e colocam a arca no templo do deus dagon, mas logo eles vão perceber no mínimo duas coisas: o Deus de Israel não se dobra a nada nem a ninguém, a cabeça da estatua é quem no outro dia aparece prostrada diante da arca do Senhor, os homens aprenderão que Deus não se dobra, nem se manipula, nem se deixará aprisionar por ninguém e em nenhum templo criado e construído com o desejo de adorar apenas a criatura. A presença de Deus incomoda a todo aquele que não quer tê-lo como Deus, a presença da arca no arraial dos filisteus trouxe uma epidemia de hemorroidas e logo ninguém queria a arca por perto, a presença de Deus incomoda, entre outras coisas, porque a presença de Deus revela quem somos, quando Isaias viu o Senhor ele disse: “ai de mim porque vou perecendo, porque sou homem impuro e habito no meio de um povo de impuros lábios”, quando a mulher de Samaria encontrou-se com Cristo teve a sua vida revelada por Ele, “tivestes cinco maridos e o que tens agora, não é teu”, o que acontece com muitos, é que preferem ficar escondidos atrás de um personagem a encarar Deus de frente para poder se descobrir, porque na verdade, tem medo do que vão ver quando olharem quem são e quando descobrirem quem é Deus.
Os Filisteus, ao levarem a arca, tiram a presença de Deus do meio do seu povo e tem sido muito fácil hoje tirar a presença de Deus do meio do seu povo, Deus sai da presença do seu povo quando o povo adora mais a criatura do que o criador, quando o seu povo tem na boca um cântico de vingança e não de amor e de graça, Deus sai do meio do seu povo quando o ódio, o rancor, e a prepotência invadem os púlpitos e refletem nos bancos das igrejas, Deus sai do meio do seu povo quando o seu povo prefere a língua dos anjos e dos homens em detrimento do amor, quando a palavra que faz sentido é a dos homens e não a de Deus, Deus sai do meio de um povo quando o povo começa a ficar incomodado com Ele, mas Davi era diferente, ele vai em busca da arca , da presença de Deus e se alegra, e dança e sua dança não era satisfação para o corpo apenas, era algo que vinha da alma, ele, Davi, externou o que vinha de dentro, porque se tinha algo que fazia sentido na vida de Davi, era a presença de Deus, Davi não tem medo da revelação causada pela presença de Deus, porque o que Davi queria, era uma relação baseada em verdade, eu sei que me conheces bem, mas eu também te conheço, e esse conhecimento que tenho de ti, me faz andar tranquilo em tua presença, porque sei do teu amor e da tua misericórdia, e a certeza da tua presença em minha vida, me faz cantar ao Senhor um cântico novo, porque grande é o Senhor e mui digno de louvor.
Em Cristo amém